Téspis de Ática
Tudo começa na Grécia antiga com o deus Dionísio
Segundo a mitologia grega, Dionisio foi filho de Zeus com uma mortal chamada Semeles. Quando Semeles morreu ao ver Zeus em sua forma plena de deus, Zeus gestou Dionísio em sua perna até seu nascimento. Com as uvas descobriu o processo da criação do vinho. Dionísio foi o último deus a entrar no Monte Olimpio.
Os achados arqueológicos apontam que desde 1500 AC já existem menções a rituais e cultos para Dionísio. Estes eram realizados durante a colheita, e celebrava a fertilidade da natureza. O processual representado era liderado por um grupo de mulheres nuas enbebedadas, seguidas por safires, seres humanos com pernas de cabra, com pênis gigantescos eretos e barbudos. Dionisio ia na frente numa carruagem levado por tigres e leoes.
Os Atenienses reproduziam esse ritual, onde as pessoas bebiam vinho, também para se liberar das regras e ordens da sociedade. Normalmente tudo acabava numa grande orgia. Mais tarde os romanos trocaram o nome de Dionisio para Baccus, e por isso temos a palavra bacanal.
Ao longo do tempo, esse ritual se desenvolveu para o lado teatral. Uma representação consistia de 50 homens e meninos que cantavam hinos, contando as histórias de Dionísio, bebendo vinho, ouvindo tambores e musicas, dançando numa formação circular, em transe. Contando na terceira pessoa os feitos de Dionísio.
Um dia, aproximademente em 600 AC, no meio de um desses rituais, um rapaz chamado Thespis, rompeu-se do coro, e muito louco de vinho cantou o hino na 1a pessoa dizendo: “Eu sou Dionísio, eu fiz tudo isso”, assumindo pela primeira vez um personagem. Ele é considerado desde então o 1o ator da história.